sábado, 27 de agosto de 2011

PANORAMA ALÉM


Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada.

Nem se pode saber do que outrora existia.

A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco.

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.


Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...

Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...

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