segunda-feira, 30 de abril de 2012

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Poema de Mia Couto


Só os mortos sabem morrer

Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser

Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo

Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos

Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca

Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cantando com Gadú

Não tenho como deixar um assunto desse fora do meu blogg, pois é uma arte emocionante e muito criativa de Gadú, então explicarei um pouco o projeto.

A Nextel, empresa norte-americana de radio trunking corporativo, promove neste ano o programa No Embalo da Rede no Youtube. Na edição com Maria Gadú, foi selecionado os quatro melhores cantores para participar do evento, onde o mais votado fará uma participação especial em um show de Maria Gadú.

Para a campanha, Renato Vianna faz um cover da música João de Barro, do álbum Multishow Ao Vivo Maria Gadú. Na apresentação, o cantor fez Gadú chorar e todos aplaudirem muito. É um dos favoritos entre os quatro, na opinião do público da web (e na minha tbm, rs).
Kelly Mendonça cantou Dona Cila, do álbum Maria Gadú. Sua voz doce e ultra afinada, dá vontade de ficar ouvindo pra sempre.
Destaque para Thalita Pertuzzatti, com agudos impossíveis e interpretação marcante. Ela canta a música Quando Fui Chuva, do álbum Multishow Ao Vivo Maria Gadú e também emociona a todos.
Amanda Schust, cantando Like A Rose do álbum Mais Uma Página, cheia de estilo internacional,  muito bacana.

Vídeo dos competidores.. Muito BOM!  :)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Não da pra entender


Dizes que sou mole, minha carne é fraca e me gabo, mais eu não te nego meu amor, para todos os outros sim, eles não me têm. Você é o único que me possui e ainda acha ruim?  Ou simplesmente o encanto morreu? Ou mesmo, achas que você é incapaz de cuidar dessa mulher?  Pra que tanto medo, tanta amargura, se ela tas é com você? Posso até me sentir atraída por uma pose ligeiramente vulgar ou feita para provocar, há trivialidades sutis, móveis, que passam rapidamente pelo corpo do outro, de se ocupar de algo muito prosaico, de tornar o corpo idiota por um segundo, mais me contenho, sei do que sou capaz e até onde posso chegar e sei também o valor da pessoa com quem estou. Se amo, é porque algo em você me encantou e o infinito me mostrou que as coisas não duram muito tempo, mais pelo menos eu te tenho até hoje. Posso ser fria, não te satisfazer ou até mesmo não te dá prazer, mais você me escolheu e até agora não me largou, então o que há?